domingo, 6 de março de 2011

REMINICIÊNCIAS NA OU DA VELHICE


Então tilapeiros e viciados em pesca em geral, deixando um pouco de lado o esporte que nos une, vamos descontrair com esta realidade,a qual, certamente será o SEU FUTURO:
Gente, um conselho:
“Nunca fiquem velhos”.
Dependendo de cada um, a velhice é a coisa mais chata desta vida, especialmente e infelizmente para aqueles que se sentem ou se acham “velhos”.
Não é o meu caso o que me leva a lembrar na minha passada juventude, que achava os velhos uns “chatos de galocha”.
Opa! Chatos de Galocha usei uma expressão daquele tempo, que certamente muitos jovens de hoje nem fazem idéia do que seja, então vou explicar:
“Galocha” era um acessório que usávamos como proteção aos nossos sapatos, em dias de chuva e principalmente para evitar sujá-los com a lama existente nas ruas sem asfalto em que morávamos.
Era de uso comum, principalmente considerando que na época eu era bancário e tinha que me apresentar bem vestido, de terno e gravata, imaginem então, eu entrar lá no banco com os sapatos cheios de lama, que horror?
Penso até que este acessório não existe mais nem em museus, quiçá eu o encontre na Internet para que vocês o conheçam?
Mais voltando ao tema:
Na minha época os “velhos” eram referendados com inúmeras considerações, por parte dos mais novos, especialmente pelas crianças e adolescentes.
Entre vários exemplos, citarei alguns:
1) Tinham eles preferência em sentar nos bancos de um ônibus ocupado por pessoas mais novas; bem como em filas em locais de uso comum;
2) Por extensão, nas conversas entre os adultos, os mais novos, não podiam interferir ou opinar sem autorização dos pais ou mais velhos;
3) Nas refeições em casa ou dos outros, as crianças e jovens só sentavam á mesa com autorização dos pais, só se serviam depois dos adultos e qualquer ato de gulodice, o bicho pegava.
4) Havia o maior respeito pelos professores, aliás, que “pepino” era quando as peraltices provocavam os “bilhetinhos para os pais” e pior se fossem chamados á escola;
Poderia enumerar uma série de outros comportamentos, mais estes bastam.
Coincidentemente hoje dentre tantas, quem sabe a mais importante, porem creio que até desnecessária é o “estatuto do idoso”, porque no papel, tudo é muito bonito, mais na prática...
Foi preciso criar uma lei, sucessivamente desrespeitada, incluindo algumas coisas ridículas, tais como:
a)Vaga preferencial em estacionamentos públicos.
Francamente não tenho paciência de ficar esperando o “cara” que ocupou uma destas vagas nestes locais, para comprovar se ele é mesmo idoso, porem, mais deprimente ainda é que a nossa Prefeitura, só permite que os idosos a ocupem, depois de cadastrados no órgão. Sacanagem, não basta a pessoa ter uma certa idade, ainda precisa provar ser mais velho?
b)Preferência de atendimento bancário:
É tanto “velho” na FILA, que é um “saco” aturá-las, aliás, naqueles tempos, só ia aos bancos quem tivesse muito “tutu”, pois os aposentados recebiam diretamente dos institutos de previdência, com a vantagem de não correr o risco de serem “assaltados”, no máximo, alguns mais “lerdos” cairem em algum conto do vigário.
c) Acento preferencial em coletivos:
Pura utopia, ninguém está nem aí,NEM para o idoso,OU as mulheres grávidas o que me leva a salientar que algumas "espertinhas do pedaço,bastante jovens, usam crianças,para viajarem sentadas.
d) Passagens gratuítas nas viagens:
Tem velho que morre esperando.
Mais de qualquer forma, apesar dos pesares, estas são algumas de nossas vantagens legais, o que me lembra um fato acontecido:
Estava eu no supermercado em que sou cliente, que por sinal tem “caixa preferencial” e na minha frente uma senhora velha ( ou melhor idosa por educação), quando a caixa que provavelmente tinha acordado “naqueles dias” me fez a seguinte advertência:
“Moço, este caixa é preferencial”.
Deu um passo atrás e lí a placa, que dizia:
“CAIXA PREFERENCIAL, PARA IDOSOS, GESTANTES E DEFICIENTES FÍSICOS OU COM NECESSIDADES ESPECIAIS”.
Ora se ela não tivesse mexido com minha vaidade me chamando de moço, teria lhe metido a boca.
Porem já que me senti envaidecido, resolvi “tirar um sarrinho” e perguntei aquela senhora:
Ei dona! Você está grávida?
A “veia” me olhou com uma cara de indignação!
Então, expliquei o motivo, ou seja:
A moça aqui, está nos “tirando” ela só atende idoso, grávidas e deficientes, pelo menos duas destas condições nós temos, certo?
Agora vamos á outros privilégios, estes nada “confessáveis”:
Gente! Posso estar velho, mais não estou morto a ponto de não virar o pescoção quando passa aquela “gata” siliconada por perto e podem crer, duvido que outros não façam o mesmo, apenas disfarçamos.
Aí vocês podem estar pensando:
EH! Velhos sem vergonha!
Mais será que somos nós somente os homens?
Na verdade "sonhar ou iludir=se" não é pecado.
Imagino que muitas “velhas” fazem o mesmo com os garotões sarados e também não confessam.
Outra realidade difícil de aceitar é que com a idade, vamos perdendo a agilidade e outras coisas mais, que não ouso confessar, salvo salientar que velho pescador só pega na vara em duas situações:
1a) quando vai pescar;
2a) é preciso mencionar?
Então, hoje me arrependo de todos os maus pensamentos que tinha dos velhos de minha época , por isso, prestem muita atenção em minhas recomendações,sacaram?
Então, para parar com o “papo furado” prefiro me ver envelhecendo do que ser velho, alias, atribuo á mim mesmo o status de jovem senhor.
Quanta babaquice, não acham?
EM TEMPO: Achei uma foto de galocha,segue anexa.

Um comentário:

  1. Pois eu estou tentando encontrar aonde vendem estas "galochas"que sempre protegeram taõ bem os calçados e que eu quando era menina odiava ter que usá-las rssssssssssssss

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