quinta-feira, 3 de março de 2011

SUA MAGESTADE “O PEIXE”.


Somos nós os verdadeiros heróis das pescarias?
Nós seres humanos evidentemente, estamos no topo da criação divina, pela nosso raciocínio e reação ás circunstâncias de forma imediata, mais diante dos peixes, ficamos aquém da capacidade dos mesmos.
Capacidade esta, que podemos definir como “instinto acurado”, com certeza superior aos nossos e neste detalhe, que o Criador nos ensina a lição de “respeitar” Suas criaturas, da mesma forma, que faz com elas respeitem as demais pela qual sobrevivem?
Para nós pescadores amadores e esportivos, o ato de pescar é antes de tudo “um eterno exercício de paciência”, por isso, no universo humano, somos quem sabe, a menor parcela que se dedica á este esporte, porque, havendo a “falta dela”, os demais não passam de aventureiros.
Haja paciência e dedicação para ficar horas e horas navegando nossos barcos nas águas ou mesmo sentados á beira de um barranco, em busca de nosso peixe preferido, coisa que para os outros, pode ser considerado um tipo de “masoquismo”, pois pescar é sofrer no paraíso, concorda?
Sofrimento compensado com algum sucesso, os quais, quando acontecem, certamente nos orgulhamos de espalhar aos quatro ventos, se bem que na verdade, a propaganda tem como objetivo escondido, ressaltar nossa vaidade?
E haja “vaidade”?
Em nome dela, até encontramos diversas formas e desculpas para justificar nossos fracassos, aliás, estes são os mais freqüentes em nossas empreitadas, coisa que no fundo, ou por necessidades psicológicas, nos precavemos, na eventual falta de compreensão e consolo de nossos amigos e concorrentes, estou certo?
Nas pescarias, se dar “mal” é o mais freqüente, pelo menos isso acontece comigo e assim uso disso para continuar insistindo, daí posso me orgulhar de declarar-me um pescador, ou isto é na verdade apenas mais uma vaidade?.
Na realidade “fracassar” é algo comum tanto no esporte, bem como na vida, o que para muitos é um incentivo emocionante, porque já disse um pensador:
“Quem não conhecer um fracasso, não saberá o sabor de uma vitória”.
São nos momentos difíceis de nossa vida, que podemos exercitar nossa capacidade de vencer obstáculos e isto é que torna a vida emocionante, pelo menos para quem tem coragem de enfrentá-los, mais não cabe aqui discutir questões filosóficas, certo?
Se for para filosofar, vamos falar dos peixes, pois eles é que são os heróis verdadeiros, mesmo quando achamos que nossos “truques” nos fazem mais espertos.
Você já pensou que se fossemos espertos realmente, não precisaríamos de tantos apetrechos de pesca?
Podemos até dizer que na verdade, fazemos deles um meio de “concorrência desleal”, concorda?
O que se comprova, que mesmo com eles, nossos heróis contam com as forças ou benesses da natureza que os cercam, a qual, na maioria das vezes, são as barreiras aos nossos objetivos, o que prova que nós é que precisamos vencê-las, enquanto eles, dispõem de todos estes meios para ludibriar-nos.
Portanto, estamos em suas mãos, até quando nos permitem capturá-los, mais nunca antes de muita luta e é natural que estas, são proporcionais ao tamanho dos mesmos e isso me leva imaginar, que jamais a dimensionamos, até quando pescamos um simples lambari.
Qual é a verdade?
Que menosprezando a “batalha” na pesca de um simples peixinho comprova o quanto somos egoístas, pois, via de regra, só a valorizamos, quando se trata de peixes de maior porte, para depois nos vangloriamos, achando estes foram nossas verdadeiras conquistas, certo?
São eles os verdadeiros “conquistadores” e provam, até quando até um simples lambari, tem a capacidade de roubar nossas iscas e escapar de nossos anzóis, sem falar, nas ocasiões que outros peixes, buscam um “enrosco” para arrebentar nossas linhas e ainda com seus saltos maravilhosos, se desprendem de nossas iscas, sejam elas naturais ou artificiais?
Enfim pessoal, nós que somos “metidos” á pescadores, por estas e outras razões, que a própria razão desconhece, devemos nos recolher á nossa insignificância e homenagear a grande majestade:
“ O PEIXE”.

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