quinta-feira, 3 de março de 2011

A TEMPORADA DAS TILÁPIAS EM 2011 ESTÁ ACABANDO


Nós tilapeiros aqui do sul do País, geralmente aguardamos no mínimo seis meses para praticar a pesca da tilápia, pois é o nosso clima frio, que influencia os hábitos deste peixe, independente do local onde se encontram, em especial nas represas.
Esta temporada finalmente chegou e para nossa tristeza, veio acompanhada, do fenômeno La Nina, que trouxe consigo muitas chuvas para todo País e que alem dos desastres ambientais que causou, para nós pescadores, interferiu em nossas pescarias.
Ela fez com que o nível das águas dos reservatórios chegassem ao máximo, inundando os barrancos, submergindo os pesqueiros existentes, me referindo especialmente á represa do Capivari Cachoeira e seus vários locais de pesca.
Dado a freqüência de tilapeiros nos mesmos é evidente que se fizeram novos pesqueiros, por sinal, disputadíssimos em qualquer dia da semana.
Mais do mal este foi o menor, pois, mudou o comportamento das tilápias, se bem que para elas, o alagamento dos locais secos foi uma grande “providência” da natureza, onde, puderam encontrar a “fartura” de capins que cresceram naqueles locais para se alimentarem.
Todos nós assíduos freqüentadores desta represa, á cada temporada, comprovamos a escassez deste peixe, seja em tamanho e quantidade e isto pode estar sendo causado pela pesca predatória que acontecesse ao longo da mesma, durante o ano todo, bem como, não ser feita a reposição de alevinos pela Copel que administra este reservatório.
É difícil aceitar tal realidade se levarmos em conta a dimensão deste reservatório, alem de considerarmos que na temporada de pesca, toneladas de cevas são utilizadas na pesca deste peixe, nos diversos pesqueiros públicos, mais quem sabe nem isto possa estar sendo o suficiente para aumentar a população das tilápias?
São nas temporadas que todos fazemos uso de novos materiais de pesca, sejam eles, linhas, anzóis, novas varas telescópicas, flutuadores,... mais os resultados?
Bem, estes ficam por conta das tilápias, por outro lado, certamente somos a alegria dos lojistas que melhoram seu faturamento nesta época.
Também contribuímos significativamente com os agricultores, pois não se mensura a quantidade de espigas de milho que utilizamos em nossas pescarias, como cevas e iscas.
Também não é difícil ver alguns de nós, lotando o carro com capins picuio e papua, que usamos no mesmo sentido.
E o dito “bicho da laranja”?
Quanto trabalho dá criá-los, sem esquecer de mencionar a “fedentina” que temos que suportar na fase de crescimento dos mesmos, o que me leva á relator o seguinte:
“Este ano, minha criação dos mesmos foi pródiga, não só pude distribuir aos meus companheiros, como também vende-los numa loja de pesca e de tanto que criou, acabei deixando um vasilhame cheio dos mesmos na churrasqueira de minha área e eles saíram do mesmo e se alojaram nos restos de carvão lá existentes e se transformaram em “vespinhas” que os originam, portanto, tenho tido o trabalho de capturá-las e soltá-las na natureza, pois se espalharam pela casa toda”
Fora este inconveniente, terei minhas compensações para o próximo ano.
Mais voltando as pescarias, nós os aficionados na pesca da tilápia, de antemão sempre soubemos, que pescar um” grande exemplar”, sempre será o nosso verdadeiro “desejo” e quem sabe, seja esta a nossa motivação anual”?
Assim sendo, nossa freqüência se deve não só á este detalhe, mais acima de tudo, os encontros semanais de várias “galeras” e a nossa em particular, se dá diante de muita confraternização, que compensam todo e qualquer sacrifício que acima destaquei.
Mais ainda nos resta como esperança o mês de março, até meados de abril, cujos resultados saberemos naquela ocasião oportuna, torcendo para que sejam melhores do que tem sido até o momento, mais independente disso, teremos que nos render á natureza e ao nosso clima e com certeza aguardar a temporada de 2012.
E tem gente que não gosta desta vida?

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