
SURPRESAS NA PESCARIA
Todos que visitam meu blog sabem que sou um tilapeiro inveterado, entretanto, nas pescarias sempre acontecem “fatos inesperados” como estes que vou narrar a seguir:
A uns 6 anos atrás, final de temporada das tilapias, resolvi fazer uma última tentativa e naquele domingo fui ao Recanto do Sabiá.
Cheguei lá pelas 16 horas, quando o Tadeu dono do pesqueiro, me apresentou um pescador que não conhecia o local e sugeriu que ele me acompanhasse, pois conheço todos os pesqueiros de lá.
Fomos e montamos os nossos um próximo do outro e armamos nossas varas de mão.
Por sugestão de meu companheiro de sempre Osvaldo, hábil pescador de carpa, que havia me dado a dica de como pesca-las, levei uma vara com molinete e armei no barranco acima de meu pesqueiro, cuja isca foi milho seco inteiro, bem como, esta foi a ceva que lancei com um estilingue a uns 10metros da margem e deixei a vara no suporte próprio.
Anoiteceu e nada de tilápia, já passava da meia noite, foi quando a lua cheia saiu de dentro das nuvens e pude notar a linha do molinete correndo na frente do pesqueiro.
Levantei da cadeira, subi o barranco, peguei a vara e senti leves puxões.
Dei a fisgada e a linha do molinete saiu do carretel, pois havia deixado o freio solto
Achando ter perdido o peixe, desci para o pesqueiro com a vara do molinete, com a intenção de recolhe-la;
Ajustei o freio e comecei a recolher e percebi que o peixe ainda estava fisgado, pois dava pequenos toques.
A medida que recolhia, a vara começou a envergar, então ,achei que estava trazendo algum enrosco.
Quando faltavam poucos metros, deu para notar na flor da água, que tinha uma carpa enorme fisgada na linha.
Meu companheiro percebeu e veio me ajudar pegando o passaguá para ensaca-la quando ela se aproximou da margem, entretanto, era comprida e não cabia no mesmo, tinha mais de 1,00m de comprimento.
Ele quis puxa-la pela linha, não concordei, pois ela poderia escapar, daí, num movimento rápido ele se jogou sobre ela e por sorte caiu com o joelho na metade do seu corpo e com a mão esquerda segurou na cabeça e a direita, pelo rabo.
Por sorte havia uma estaca de madeira no local, então consegui introduzi-la em suas guelras até sair pela boca.
Apesar do seu peso, mais de 20kg e do trabalhão que deu, conseguimos tira-la da água.
O que não entendo até hoje é como um peixão daqueles não ofereceu resistência nenhuma, pois veio pranchando enquanto era recolhida.
Acho que a melhor explicação é o fato que quando se fisgou, deve ter se enroscado em algum tronco existente no fundo da represa e depois de brigar muito e cansar, conseguiu se soltar, exatamente na hora que vi a linha correr, conforme narrei.
Claro que para provar que não é mentira de pescador, tenho uma foto da mesma tirada, antes de assá-la e saboreá-la com meus familiares.
Outro fato inusitado que ocorreu recentemente, foi em 05/10/09, mais uma vez fui ao Capivari com minha turma.
Apesar de sabermos que ainda não era época das tilápia, aproveitamos pois a chuva das duas últimas semanas deu uma trégua e saiu o sol e lá nos encontramos.
A represa estava transbordando, tanto que os pesqueiros prontos estavam debaixo da água, foi difícil, mais cada um de nós achou seu cantinho.
Com a represa cheia, os galhos das árvores só permitiam pescar com varas curtas, até 3,00m no máximo.
Preparei meu pesqueiro, cevei e lancei as varas na água.
As horas foram passando e nada de tilapia, então resolvi preparar uma varinha e pescar lambari.
Os “miúdos” não davam nem tempo e acabavam com o sagu, de forma que durante o dia inteiro, não peguei mais do que 20 na medida.
A noite, depois do jantar, voltei ao pesqueiro, tentar as tilápias novamente e nada, só dava cascudo, que se engatava no anzol, pois eles vinham comer a ceva jogada, de forma que acabei indo dormir.
No outro dia, depois do café da manhã, fui pescar novamente, tentei as tilapias e outra vez...nada, então, o jeito era os lambaris novamente.
Estava melhor, saiam os maiores, de repente a peninha afundou, dei a fisgada e o peixe brigava no fundo.
Percebi que era um peixe maior, pois ele quase arrancou a vara de minha mão. Segurei o cabo da mesma com as duas mãos, enquanto a vara vergava e o “bicho” não cedia.
As poucos foi cedendo e deu para perceber na meia água, que na verdade se tratava de uma carpa enorme.
Imagine ela se fisgar num anzol de lambari de uma linha 15mm, ia dar “zebra”.
E deu, não demorou muito, ela correu e arrebentou a linha.
Foram “poucos” minutos que duraram a “eternidade”.
Estas são as surpresas de uma pescaria.
Marcão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário