quinta-feira, 12 de novembro de 2009

SURPRESAS NAS PESCARIAS


SURPRESAS NA PESCARIA

Todos que visitam meu blog sabem que sou um tilapeiro inveterado, entretanto, nas pescarias sempre acontecem “fatos inesperados” como estes que vou narrar a seguir:
A uns 6 anos atrás, final de temporada das tilapias, resolvi fazer uma última tentativa e naquele domingo fui ao Recanto do Sabiá.
Cheguei lá pelas 16 horas, quando o Tadeu dono do pesqueiro, me apresentou um pescador que não conhecia o local e sugeriu que ele me acompanhasse, pois conheço todos os pesqueiros de lá.
Fomos e montamos os nossos um próximo do outro e armamos nossas varas de mão.
Por sugestão de meu companheiro de sempre Osvaldo, hábil pescador de carpa, que havia me dado a dica de como pesca-las, levei uma vara com molinete e armei no barranco acima de meu pesqueiro, cuja isca foi milho seco inteiro, bem como, esta foi a ceva que lancei com um estilingue a uns 10metros da margem e deixei a vara no suporte próprio.
Anoiteceu e nada de tilápia, já passava da meia noite, foi quando a lua cheia saiu de dentro das nuvens e pude notar a linha do molinete correndo na frente do pesqueiro.
Levantei da cadeira, subi o barranco, peguei a vara e senti leves puxões.
Dei a fisgada e a linha do molinete saiu do carretel, pois havia deixado o freio solto
Achando ter perdido o peixe, desci para o pesqueiro com a vara do molinete, com a intenção de recolhe-la;
Ajustei o freio e comecei a recolher e percebi que o peixe ainda estava fisgado, pois dava pequenos toques.
A medida que recolhia, a vara começou a envergar, então ,achei que estava trazendo algum enrosco.
Quando faltavam poucos metros, deu para notar na flor da água, que tinha uma carpa enorme fisgada na linha.
Meu companheiro percebeu e veio me ajudar pegando o passaguá para ensaca-la quando ela se aproximou da margem, entretanto, era comprida e não cabia no mesmo, tinha mais de 1,00m de comprimento.
Ele quis puxa-la pela linha, não concordei, pois ela poderia escapar, daí, num movimento rápido ele se jogou sobre ela e por sorte caiu com o joelho na metade do seu corpo e com a mão esquerda segurou na cabeça e a direita, pelo rabo.
Por sorte havia uma estaca de madeira no local, então consegui introduzi-la em suas guelras até sair pela boca.
Apesar do seu peso, mais de 20kg e do trabalhão que deu, conseguimos tira-la da água.
O que não entendo até hoje é como um peixão daqueles não ofereceu resistência nenhuma, pois veio pranchando enquanto era recolhida.
Acho que a melhor explicação é o fato que quando se fisgou, deve ter se enroscado em algum tronco existente no fundo da represa e depois de brigar muito e cansar, conseguiu se soltar, exatamente na hora que vi a linha correr, conforme narrei.
Claro que para provar que não é mentira de pescador, tenho uma foto da mesma tirada, antes de assá-la e saboreá-la com meus familiares.
Outro fato inusitado que ocorreu recentemente, foi em 05/10/09, mais uma vez fui ao Capivari com minha turma.
Apesar de sabermos que ainda não era época das tilápia, aproveitamos pois a chuva das duas últimas semanas deu uma trégua e saiu o sol e lá nos encontramos.
A represa estava transbordando, tanto que os pesqueiros prontos estavam debaixo da água, foi difícil, mais cada um de nós achou seu cantinho.
Com a represa cheia, os galhos das árvores só permitiam pescar com varas curtas, até 3,00m no máximo.
Preparei meu pesqueiro, cevei e lancei as varas na água.
As horas foram passando e nada de tilapia, então resolvi preparar uma varinha e pescar lambari.
Os “miúdos” não davam nem tempo e acabavam com o sagu, de forma que durante o dia inteiro, não peguei mais do que 20 na medida.
A noite, depois do jantar, voltei ao pesqueiro, tentar as tilápias novamente e nada, só dava cascudo, que se engatava no anzol, pois eles vinham comer a ceva jogada, de forma que acabei indo dormir.
No outro dia, depois do café da manhã, fui pescar novamente, tentei as tilapias e outra vez...nada, então, o jeito era os lambaris novamente.
Estava melhor, saiam os maiores, de repente a peninha afundou, dei a fisgada e o peixe brigava no fundo.
Percebi que era um peixe maior, pois ele quase arrancou a vara de minha mão. Segurei o cabo da mesma com as duas mãos, enquanto a vara vergava e o “bicho” não cedia.
As poucos foi cedendo e deu para perceber na meia água, que na verdade se tratava de uma carpa enorme.
Imagine ela se fisgar num anzol de lambari de uma linha 15mm, ia dar “zebra”.
E deu, não demorou muito, ela correu e arrebentou a linha.
Foram “poucos” minutos que duraram a “eternidade”.
Estas são as surpresas de uma pescaria.
Marcão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário