domingo, 15 de novembro de 2009

A MAIOR TILAPIA QUE PESQUEI




A MAIOR TILAPIA QUE PESQUEI

Cada um de nós, ao longo da vida, viveu, vive e viverá algum tipo de experiência, que ficará gravada na memória para sempre. Assim, somos o personagem mais importante de nossa própria estória. É possível que para os outros, nenhum fato que nos tenha acontecido, seja significativo.
Meu objetivo agora é registrar o que aconteceu numa das inúmeras pescarias que fiz ao longo dos 15 anos que pesco na represa do Capivari, no RECANTO DO SABIA.
Lá existe um pesqueiro, onde a muitos anos, caiu na água, um enorme tronco de árvore. Ele só era usado pelos demais pescadores, quando a represa estava no nível normal, pois quando a água estava baixa, era difícil preparar o local, pois o barranco além de muito alto, era cheio de pedras e muitos achavam que não valia a pena perder tempo, pois haviam outros pesqueiros prontos para uso, inclusive eu próprio.
Entretanto, um dia resolvi encarar a situação, dediquei boa parte da manhã, cavando e aplainando o local, até que o deixei em condições ideais para pescar.
Na seqüência, sobre o guarda-sol fixei uma lona plástica, formando uma barraca que ocupou a extensão do mesmo, assim podia colocar toda minha tralha de pesca e tudo mais que iria usar na pescaria.
Uma das primeiras providências foi cevar o local abundantemente, para atrair os peixes, depois tentar descobrir a existência de enrosco, usando uma vara pronta, onde deixava o chumbo levar o anzol até o fundo, se não enroscasse, colocava outra no lugar.Assim o fiz, até armar todas as seis varas que ia usar.
O tempo passou, aproveitei para almoçar na lanchonete do pesqueiro e depois, bater papo com os demais pescadores, onde obviamente , sempre tinha alguém contando estórias relativas a pescarias efetuadas.
Durante a tarde, o sol de verão, batia de frente no pesqueiro e não dava para agüentar o calor, resolvi tirar uma soneca no carro que ficou na sombra, esperando o entardecer.
Acordei na hora do lanche da tarde. Fiz uma térmica cheia de café para lanchar e o restante ficaria para passar a noite.
Como a noite esfria um pouco, troquei de roupa e desci para o pesqueiro.
. Istalei-me na cadeira, dei nova cevada no local, armei as varas e logo as tilapias começaram a sair.
De todas as seis varas, tinha uma, a mais comprida, que até anoitecer , nada acontecia, enquanto nas demais a todo momento havia a ação dos peixes.
Ignorei aquela, entretanto, de repente, notei um movimento na pena, que em seguida foi ao fundo, dei a fisgada, porem o anzol parecia ter enroscado em alguma coisa, mais depois se soltou. Resolvi então, trocar as iscas, retirando-a da água, pois os bichos da laranja com que pescava, estavam mortos, coloquei outros vivos no anzol e tornei a armar aquela vara.
Não demorou muito e aconteceu o mesmo que anteriormente.
Repeti o processo, tornando armá-la e por um tempo nada aconteceu.
Já estava bem escuro, aquela vara estava na penumbra, de repente, notei a pena afundar novamente.
. Imaginando que ia acontecer a mesma coisa, achei melhor tirá-la da água de uma vez, entretanto, a pena veio subindo enroscada em outra linha, até que ao anzol enroscou na ponteira de outra vara e ambas as linhas foram esticando e deu para sentir que havia um algum peixe fisgado.
Deu um trabalhão danado, mais consegui pegar a linha enroscada e quando ela estava chegando na beirada, tinha uma enorme tilápia fisgada no anzol.
O problema era como conseguir tirar o peixe da água, pois eu havia esquecido o coador no carro. Fui puxando a linha devagar e a tilapona vinha de lado, pois devia estar muito cansada. Quando estava a uns vinte centímetros da margem, resolvi arriscar, dei um puxão na linha e fiz com que ela fosse parar debaixo da cadeira em que estava sentado. De imediato levantei, empurrei a cadeira para o lado e me atirei em cima daquele “troféu”. Dei sorte, pois consegui segurá-lo, mesmo com ele se batendo.
Depois com muito cuidado, consegui introduzir meu dedo indicador em sua boca e com a ajuda do dedo polegar, pude prendê-la e na seqüência, colocá-la dentro do samburá.
Claro que muitos estão duvidaram deste fato, achando que e papo de pescador mentiroso, mais para provar a verdade, tirei a foto do peixe, que mostrava á quem não acreditasse, a qual, guardo com carinho.
Ela foi a maior tilápia que já peguei na represa, pesou 2.850kg na balança, bem como, tinha 50cm de comprimento da cabeça ao rabo, por 30cm de largura e 20 de grossura.
Isto jamais sairá de minhas lembranças para o resto da vida..
Marcão.

2 comentários:

  1. Parabéns...
    E uma pergunta qual é a melhor isca que você já usou, que deu grande resultado em sua pescaria?

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