terça-feira, 2 de junho de 2015

Pesca do lambari

Com certeza falar da pesca deste peixe, não será novidade nenhuma, exceto o fato que ele se torna bastante manhoso nesta época de frio, início de inverno, aqui em Curitiba e RM,  especialmente em se tratando da pesca do mesmo em represas e cavas.
Pelo que estou lembrado, a muitos anos atrás, nossa turma de “jovens senhores” íamos pelo menos duas vezes por mês no inverno,  na represa do Capivari, com o objetivo de pesca-los e o falecido japonês Mario, era o único que conseguia fisgar muitos deles no período da manhã, mesmo porque, sua técnica de pesca consistia numa vara telescópica de 7 metros, diga-se de passagem,  “super leviana”( presente de um de seus filhos) trazida do Japão. Nela,  ele ainda acrescentava uns 5 metros a mais de linha, com um chumbo próprio para uma pena plástica que era arremessada com as mãos varias vezes  no pesqueiro, com o intuito de encontrar a profundidade ideal. Achando- a, ele iscava os três anzóis que usava, variando com pedaços de minhoca califórnia, bichinho do pão, sagu, capetinha e certamente em algumas destas iscas vinha algum lambari maior que o normal.
Nós, evidentemente tentávamos fazer o mesmo com nossas varas, aquelas de até 6,30 metros, porém pesadas, mas não alcançávamos o mesmo resultado, exceto que elas funcionavam melhor após o meio dia, quando o sol  era mais forte.
Embora já se tenham passados muitos anos e já não frequento a represa nesta época de frio,  com certeza,  o fato do lambari ficar manhoso permanece, pelo que venho constatando nas pescarias que tenho feito nas cavas do Santa Cecília.
Ontem por exemplo,cheguei ao local em torno das 8,30 horas, escolhendo um pesqueiro que eu e outros pescadores o temos mantido cevado com quirera e ou milho moído.
A profundidade fica em torno de 1,50 metros, quando se usa uma varinha de 3,60 metros e  aumenta com varas mais longas, chegando até 3 metros.
Como de praxe, em qualquer cava do local, há uma espécie de lambari  miudinho que detona todas as iscas antes do anzol atingir a profundidade escolhida.
Em razão disso, levá-los uma vara com um  micro molinete e tentar capturá-los na distância de maior profundidade, usando miçangas coloridas nos anzóis ( amarela e vermelha) exatamente  para testar uma dica dada por um amigo que capturou muitos deles na represa. Na verdade, o tempo passou e não houve nenhuma ação, nem  quando resolvi colocar bicho do pão como iscas.
A vara que melhor deu resultado foi a de 3,60 metros, com dois anzóis iscados com pedaços do bicho do pão. Até a hora do almoço, a neblina dominava e com muita paciência e insistência,  capturei uns 10 exemplares maiores.
A coisa mudou para melhor, a partir do momento que o dia tornou-se ensolarado, então até as 16 horas creio ter capturado uns 40 exemplares, mais qual foi minha surpresa ao tirar o samburá da água? Só havia uns 15 exemplares maiores, os demais acabaram escapando por um furo existente no mesmo que não percebi anteriormente.
Mais uma vez se confirma que agora na época do frio e do inverno, pelo menos nestes locais, as ações dos lambaris são mais frequentes  no período da tarde, quando o so, aquece a água.
Para não dar “sorte ao azar” já providenciei o conserto daquele furo.

Até a próxima.

4 comentários:

  1. Pois é, Sr Marcos... Pescar os prateadinhos é uma verdadeira arte! Fui umas duas vezes no Capivari e, aprendi muito com um novo grande amigo, o Seu Gomes... pensa num homem bom e que manja muito da arte... nunca vi nada igual... ele inspirou uma postagem pra compartilhar as dicas que aprendi... Abraço!!!

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    1. Olá Edinaldo, dias atrás, sem querer, acabei descobrindo seu blog e o artigo que vc está citando, para variar, meus parabéns, pois pouco de nós não se importa em dar informações, dicas e macetes em nossas pescarias, mesmo porque, se ela vão funcionar ou não, tudo vai depender daquela pecinha atrás da vara. Um grande abraço.

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    2. Olá Edinaldo, dias atrás, sem querer, acabei descobrindo seu blog e o artigo que vc está citando, para variar, meus parabéns, pois pouco de nós não se importa em dar informações, dicas e macetes em nossas pescarias, mesmo porque, se ela vão funcionar ou não, tudo vai depender daquela pecinha atrás da vara. Um grande abraço.

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    3. É isso aí... cada modalidade e cada peixe tem seus encantos... no caso do lambari, aprendi com pescadores experientes que, não basta ter varinhas e materiais proporcionais, mas é necessário ter humildade e ouvir as dicas. Tem feito muita diferença e tenho me aprimorado cada vez mais. Estou ansioso pela próxima temporada das tilápias e usar com afinco as dicas que o senhor tem aqui... Abraço!!!

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