quarta-feira, 29 de abril de 2015

Qual a melhor isca para a pesca da tilápia?

Esta tem sido a dúvida de alguns companheiros que consultam este blog.
Evidentemente jamais pretendi ser o dono da verdade, mesmo porque, quem também costuma pesquisar na internet este assunto, irá encontrar inúmeras dicas à este respeito, conforme pude constatar.
Apenas um exemplo: 
Um cunhado que morou muitos anos numa cidade do interior e prestava serviços como agrônomo à vários sitiantes do local. Depois mudou-se para a capital e numa ocasião retornou para aquela cidade, levando seu filho e resolveu visitar alguns amigos sitiantes que fez por lá e estes tinham tanques para criação de tilápias, razão pela qual, resolveu pescar. 
No primeiro, escolheu como isca as minhocas o tempo se passava e nada de capturá-las. Nisso chegou um funcionário do sítio e disse:
Cm minhoca você não vai pegar nenhuma. Olhou em volta e viu um monte de esterco de vaca"seco”. Pegou uma pequena quantidade, umedeceu-a, fez uma bolinha e iscou o anzol. Pronto,  a pescaria foi um sucesso.
No dia seguinte foi à outro sítio para pescar e usou de volta as minhoca e nada???  Olhou em volta e viu que o esterco por lá existente estava fresco e fedido, portanto, não teve coragem de usá-lo. Logo chegou o filho do sitiante e num monte de folhas de verduras ( alface, repolho, etc)iscou um pequeno pedaço das mesmas no anzol e o resultado foi de várias capturas.
Estes dois casos servem para mostrar que em cada local de pesca, as tilápias preferem algum tipo de isca pela qual são alimentadas.
Aqui em Curitiba e RM, em cada local de pesca que tenho frequentado acontece o mesmo, ou seja:
Em alguns locais funciona o milho verde em espigas, o  bicho da laranja, bem como, capins ( picuio, papuã e erva doce) especialmente na represa do Capivari;
Em algumas cavas da RM, somente o milho verde, mesmo porque as iscas como minhoca, bicho da laranja, massinhas, são detonadas pelas tilapinhas, carazinhos e lambaris:
Num P&P que venho frequentando, as tilápias só atacam as massas prontas e estas são variadas ou seja:
Quando pesco numa cava existente no mesmo local, só funcionam as massa vermelhas como por exemplo aquelas com gosto de banana com mel, groselha ou goiaba e nesta ainda dou uma turbinada amassando alguma banana bem como uma porção de farinha de trigo e outra de mandioca crua, deixando-as um pouco mais duras,  entretanto, no lago principal, só funcionam as amarelas com algum sabor, misturadas com ração canina da mesma cor e estas precisarão esfarelar aos poucos, com um outro detalhe, elas são acondicionadas nos tradicionais “chuveirinhos” numa quantidade parecida à uma coxinha.
Como se vê, em cada local ou região, a tilápia só ataca as iscas com que estão acostumadas, lembrando é claro ser necessário atraí-las com a mesma ceva  usada como isca.
E por falar em ceva, segundo alguns companheiros, não se usa mais a ração de coelho para esta finalidade, pelo seguinte motivo:
Quando a tilápia come alguns de seus grão, o mesmo, incha em seu estômago, daí, com a “barriga cheia” ela não atacará as iscas, assim, substituímos por ração de peixa que afunde e se dissolva rapidamente na água,  bem como, por ração de cavalo com melaço, com o mesmo processo e o pulo do gato nesta é o “melaço” que torna a ceva adocicada. 
No mesmo sentido, está a ceva com massas prontas, onde sabores visam atrair estes peixes, inclusive as massas feitas em casa, onde se acrescenta algum ingrediente adocicado.
Finalmente, em se tratando de cevas é preciso considerar a quantidade ideal à ser lançada no pesqueiro, lembrando que naqueles públicos, possivelmente cada pescador que ocupou o lugar anteriormente certamente jogou alguma quantidade das mesmas.
Como se pode notar, não só na pesca da tilápia, mais de outros peixes é preciso levar em consideração os “ detalhes”, nos quais podemos  incluir o material de pesca apropriado para cada local ou pesqueiro.
Entendeu ou quer que eu desenhe?

Abraços.

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