O mundo da pesca, fabuloso e até decepcionante.

Para quem ainda acompanha meu blog, certamente percebeu que já faz algum tempo que não tenho postado nenhum novo artigo, mesmo porque, considero que já informei todos os "macetes" que uso na pesca deste peixe, porém, a novidade agora é a seguinte: Finalmente, após uma espera de quase oito meses, chega o momento de voltar ás pescarias de minhas “queridas” tilapias, no entanto, para decepcionar, pelo menos para nós os habituais frequentadores da represa Capivari Cachoeira e do Recanto do Sabiá, esta será mais uma temporada, que vem confirmar o que todos desconfiávamos, grosso modo, todos estaremos fazendo um enorme sacrifício para pescar nos barrancos íngremes não só daquele pesqueiro, pois, o nível do reservatória está pelo menos em alguns locais, uns 30 metro abaixo do normal. O “papo” que corre para tal situação é que a COPEL estava fazendo reparos na barragem, no entanto, mesmo que venham as chuvas constantes do verão, o nível da água ficará na mesma condição, pois, agora, estarão reformando uma das pontes, aquela que direciona o tráfego para São Paulo, aliás, alguns até dizem que será constrída uma nova ponte no local? Para quem é frequentador da Represa de longa data, sem mera coincidência, entre os demais, está a minha turma de “jovens senhores aposentados” que a partir de agora, nossos encontros, serão no mínimo quinzenais e servirão para confraternização, pois, em matéria de tilápias, as únicas que se capturam “com muita sorte” não passam de exemplares de 200 á 300 gramas no máximo. Que saudades dos velhos tempos? Lamentavelmente, a grande maioria dos pescadores, não praticavam e nem praticam o pesque e solte, más há também outros motivos: a)- A evidente pesca predatória que acontece na represa de longa data, onde os ditos “nativos” da região, passam o ano todos armando redes e tarrafeando, no período noturno, para vender os peixes capturados e pior, sem que haja efetiva fiscalização; b)- Segundo informações, nos últimos 10 anos, a COPEL, não tem feito o repovoamento com novos alevinos de tilápiase e outros peixes, portanto, os que existem estão se reproduzido entre sí, perdendo em tamanho e qualidade. Aliás, parece que o mesmo vem acontecendo na represa do Voçoroca. c)- Com certeza, tais exemplos podem ser os mesmos para todos aqueles que preferem a pesca de outros tipos de peixes de rios, represas e no mar e fico pensando: Quantos tem condições de pescar em locais longínquos, aqueles que aparecem nos programas de pesca ou mesmo nos jornais deste seguimento? Num destes jornais, havia a reportagem que o pescador, pegou um avião de Curitiba à Manaus e de lá um hidro-avião, voando por uma hora e meia e a seguir um barco por algumas horas, para pescar seu peixe preferido, o Tucunaré, só que o jornal não informa quando o sujeito gastou? Francamente, creio não ser o único à considerar que a pesca vem se tornando um esporte das elites, aliás, o que percebo nos fóruns de pesca é que num certo sentido, muitos que fazem seus relatos de pescarias, parecem estar mais interessados em demonstrar poder aquisitivo na aquisição dos apetrechos de pesca, bem como, na participação das próprias pescarias. Grosso modo, fazem parecer que pessoas que ainda preferem pescar em barrancos, na beira da praia, etc, não merecem tanta consideração, más fazer o que? É como diz o “velho deitado”: “Quem pode... pode, quem não pode... se sacode”. Até a próxima!